Aspiração e Lavagem Gástrica


Aspiração de Secreção

            Usado nos casos mais simples, para resolver as insuficiências respiratórias do tipo obstrutiva por acúmulo de secreções.
Fluidificação de secreções: quando as secreções apresentam-se espessas o que dificulta a sua eliminação, é necessário fluidificá-las, para isto, lança-se mão de:
ü  umidificadores ou vaporizadores que proporcionam vapor d´água;
ü  nebulizadores que proporciona partículas d´água;
ü  micronebulizadores que facilitam o uso de medicamentos, quebrando o líquido em micro-partículas.
A fluidificação de secreções é usada continuamente, quando o paciente está em uso de respirador mecânico, ou recebendo oxigênio através do tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia (o oxigênio seco resseca secreções, devendo serumidificado, quando administrado).
Aspiração Endotraqueal
Seguir inicialmente a mesma técnica da aspiração nasotraqueal:
ü  Desconectar o respirador, caso faça uso.
ü  Introduzir o cateter através do tubo cuidadosamente.
ü  Iniciar a aspiração com movimentos rotativos do cateter, retirá-lo gradativamente.
ü  Rinsar com água estéril ou solução fisiológica (não é fundamental).
ü  Realizar intervalos de 3 min. de uma aspiração a outra, nunca exceder 15 min. para permitir adequada oxigenação do paciente, se necessário usar balão auto-insuflável, para realizar ventilações.

Cuidados Relacionados à Aspiração

 Trocar frascos de aspiração e conexões a cada 6 horas.
Usar cateteres apenas uma vez, podendo trocá-lo durante a aspiração caso tenha muita secreção em suas paredes.

INTRODUÇÃO: A aspiração de secreção do paciente entubado ou traqueostomizado, deve ser quando existir secreção, e não como de rotina. E tendo em mente de que é necessário uma técnica asséptica.

DEFINIÇÃO: É a remoção da secreção traqueobrônquica e orofaríngea, visando garantir adequada ventilação, oxigenação e prevenir complicações provocadas por acúmulo de secreções no pulmão e não pode ser eliminada espontaneamente. E mantendo a permeabilidade do tubo endotraqueal, permitindo a troca adequada de gases.

INDICAÇÃO: Presença de secreção em pacientes com cânula endotraqueal ou de traqueostomia.

CONTRA-INDICAÇÕES: Absolutas: bronco espasmo, obstrução. Relativas: Hemorragias, pacientes com tendências a sangramentos.

COMPLICAÇÕES: Traumatismo, hemorragia, infecção por técnica inadequada, bronco espasmo, hipóxia, a sonda não progride

Aspiração de Secreção
ü  Colocação da Cânula Orofaríngea
ü  Intubação Traqueal (oro e nasotraqueal)
ü  Traqueostomia
ü  Outros dispositivos

SEQÜÊNCIA

ü  - Verificar indicação do procedimento na prescrição de Enfermagem;
ü  - Lavar as mãos;
ü  - Preparar o material e levá-lo para Box do paciente; (Técnico de Enfermagem).
ü  - Orientar o paciente sobre  o procedimento;
ü  - Conferir o número da sonda de aspiração, com o número da cânula endotraqueal; (A sonda deve  ter  diâmetro externo não superior ao diâmetro interno do tubo ou cânula,  por exemplo: tubo nº 8/sonda nº 18)
ü  - Colocar máscara e óculos;

ü  - Verificar tipo e características da respiração, condições dos batimentos cardíacos do paciente e simetria da expansão torácica;

ü  -         Calçar a luva na mão que vai manipular a sonda de aspiração;
ü  -         Oxigenar o paciente com FiO2  à 100% se no respirador, ou ventilar com ambucom reservatório por 01’, antes e após a aspiração;
ü  -         Previamente aspirar a boca do paciente conforme o procedimento (técnico de Enfermagem)
ü  - Abrir embalagem da sonda esterilizada e conectá-la à extremidade do látex; (Técnico de Enfermagem)

ü  - Posicionar a cabeça do paciente no sentido oposto a ser aspirado;
ü  - Introduzir suavemente a sonda de aspiração endotraqueal na fase inspiratória, sem fazer sucção, sem forçar, o mais lento possível;
ü  - Observar o paciente e fazer manobra de sucção por 3 a 5 segundos na fase expiratória e tracionar a sonda em um único movimento para fora com movimentos circulares;
ü  - Repetir o procedimento de remoção das secreções não ultrapassando 15 segundos no tempo total de sucção;
ü  - Ventilar o paciente, entre cada aspiração, sempre observando suas reações, coloração da pele e ritmo respiratório;
ü  - Introduzir a seguir a sonda de aspiração, alternadamente, em cada manobra, até a faringe, criando sucção e tracionando-a para fora, com movimentos circulares;
ü  -         Retirar excesso de secreção da sonda com gaze esterilizada;
ü  -         Utilizar uma sonda para cada aspiração, desprezando após o uso;
ü  - Desligar o aspirador e deixar o sistema seco para evitar refluxo quando usado novamente;
ü  - Proteger a extremidade do látex com saco plástico (tipo bolsa de colostomia) e fixar em um ponto acima do nível do aspirador;
ü  - Retirar a luva, recolher o material e deixar em ordem a unidade do paciente;
ü  - Registrar no prontuário, data e hora do procedimento, quantidade, cor, odor e aspecto da secreção, além das reações do paciente, intercorrências e assinar.


PONTOS A LEMBRAR
ü  - A aspiração deve ser realizada quando o paciente apresentar: taquipneia, taquicardia, hipotensão, agitação, ansiedade, secreções visíveis, e ausculta de estertores bolhosose sibilantes;
ü  - O aspirador deve estar desinfetado e ser testado antes de iniciar o procedimento;
ü  - Para colaborar com a tranqüilidade do paciente;
ü  - Sondas de aspiração muito calibrosaspodem produzir excessiva pressão negativa, lesar a mucosa e aumentar ahipóxia provocada pela aspiração;
ü  - Promover proteção ao paciente e ao funcionário;
ü  - Constatando sinais de depressão respiratória, irregularidade no ritmo cardíaco, cianose de extremidade, solicitar avaliação do médico plantonista antes de iniciar o procedimento;

ü  - Diminuir a hipoxemia resultante das aspirações;


ü  - Evitar contaminação.
ü  - O paciente deve estar em decúbito dorsal com a cabeceira da cama ligeiramente elevada (Fowler 35 - 40o);
ü  - Não retirar antes para evitar contaminação;
ü  - Para a aspiração do brônquio direito, virar a cabeça para o lado esquerdo e vice-versa;
ü  - As secreções dever ser removidas com técnica atraumática e asséptica;
ü  - Conforme o padrão respiratório do paciente, estar atento ao tempo de aspiração;
ü  - Em caso de secreção espessa, rolhas ou mesmo grande quantidade de secreção, avaliar com o médico assistente a indicação de nebulização prévia a este procedimento;
ü  - Durante a aspiração observar: PA, freqüência cardíaca, arritmias e SaO2;


ü  - Efetuar a troca de frasco coletor e extensão (borracha), se necessário;
ü  - Ao desprezar as sondas, lavar a extensão do látex, aspirando uma boa quantidade de água, para que toda a secreção seja eliminada do sistema, e não permitida que a secreção do látex retorne à água;
ü  - Caso a sonda não progrida, ver com o médico plantonista a necessidade de troca do tubo ou cânula;

ü  - Neste momento serão usadas luvas de procedimento que, ao término, serão desprezadas no lixo.


Lavagem Gástrica
É a lavagem gástrica através da introdução e remoção de líquido por uma sonda gástrica.
Finalidade
ü  Drenagem de secreção
ü  Investigação Diagnóstica
ü  Medida Terapêutica
Indicações
ü  Intoxicação exógena
ü  Perioperatório
ü  Hemorragia gástrica
ü  Algumas afecções gástrica

Contraindicação/Restrição
ü  Após a ingestão de substâncias corrosivas(ex: sonda cáustica)
ü  Contraindicações ou  restrições para a passagem de SNG
ü  Clientes graves, inconscientes e confusos e crianças com menos de um ano de idade
ü  Cliente no último trimestre da gravidez
ü  Cliente com convulsão
Realização da Técnica